Amados por uns, crucificados por outros, os chassis com motor traseiro da Volkswagen, de fato, causam muita polêmica entre boa parte dos busólogos, que em sua maioria não pesquisam sobre o modelo e o criticam sem um motivo aparente, principalmente quando aplicado com tração 6x2 em carrocerias rodoviárias. Hoje, além de postar um desenho do dito cujo, procurarei esclarecer algumas dúvidas à respeito do mesmo, e como diria Goulart de Andrade, Vem Comigo! O Volkswagen 18.330 OT é preparado para carrocerias de até 18 toneladas de PBT (Peso Bruto Total) - representado pelo dígito 18, antes do ponto - com altura média entre 3,40m e 3,60m; possui 330cv de potência (número 330, após o ponto); as siglas OT significam Ônibus e (motor) Traseiro, respectivamente. Seus principais concorrentes são o Mercedes-Benz O-500RS, Scania K360IB e Volvo B340R, com destaque para este último, que apesar da nomenclatura B340R, onde 340 representa a potência em cavalos, possui 330cv (assim como o B380R possui 370cv, e o B420R possui 410cv). O torque chega à 1300 Nm (ou 132 kgfm) entre 1000 e 1500 rpm, um valor baixo, se comparado ao B340R, que alcança 1632 Nm (ou 162 kgfm). O 18.330 OT pode ser um chassi fraco se visto pelo ponto de vista da maioria dos busólogos, mas quando colocado à prova, pode mostrar resultados agradáveis, como constatado por Marcelo Castro no início desse ano, e mesmo se tratando de um 18.320 EOT na matéria, já se pode ter uma base sobre o seu sucessor, o 18.330 OT. Enfim, quem comprou o 18.330 OT fez um bom negócio, é um motor que faz seu trabalho muito bem, e que não dá trabalho na manutenção. Sobre o Irizar i6, não tenho muito à dizer - nunca vi, nem comi, eu só ouço falar - ele já deu as caras aqui no blog outras vezes e recebeu sua devida atenção. Até a próxima, pequeno gafanhoto.
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